quinta-feira, 26 de maio de 2011

Feliz ano novo


          Tentei visualizar algo, mas os reflexos da luz não permitiam. De repente alguém me puxa pela mão e pude ver quem era, um garoto alto de cabelo loiro escuro, fiquei sem reação. Percebi que todos estavam me observando, achei que iria desmaiar. O garoto de cabelos loiros me direcionou para cima de um palco, eu não acreditava no que estava acontecendo, somente passei a acreditar quando um garoto que também fora impurrado para ali, começou a se queixar de que não sabia cantar. Meu coração acelerou, deveria ser um daqueles jogos que se faz em festas. A música começou, eu não sabia se corria ou ficava ali. Se eu corresse nunca mais voltaria, seria muita humilhação. O garoto começa a cantar, começei a pensar em como ele cantava bem( não saber cantar, certamnte era uma desculpa), não tinha coragem de olhar para o lado, então apenas me limitei a ouvi-lo. Me arrisquei a olhar por um segundo, mas ele estava de costas, estava se afastando( fugindo, suponho). Eu não poderia ficar sozinha, era melhor dividir com outra pessoa, me arrisquei e comecei a cantar( pedindo para que ele não fosse). Visualizei meu lado novamente e ele estava lá, me observando com espanto em seus lindos olhos azuis, parei de respirar. Era o garoto da bola de basquete, ele sorriu para mim e correspondi, a música seguiu seu curso para o refrão mais animado, eu comecei a cantar e esqueci das pessoas a minha volta, só conseguia visualizar ele. Eu não conseguia acreditar, eu estava realmente me divertindo. Com aquele garoto que acabara de conhecer e me sentia como se nos conhecessemos a anos. Ele parecia estar muito animado também e nos entregamos ao embalo.
         Logo o tom começou a baixar e a música findou, foi quando me dei conta das pessoas ao redor que aplaudiam. O garoto olhou sorrindo para mim e disse me estendendo a mão:
         -Troy!- Seu nome soou tão doce. Então apertei-lhe a mão.
        -Gabriella!- Ficamos sorrindo um para o outro, minhas pernas estavam bambas não conseguia descer do palco. Ele me pegou pela mão e me direcionou para baixo, foi mais fácil do que pensei. Todos os meus medos pareciam ter ausentado aquela noite, parecia ser outra pessoa, uma pessoa muito melhor. Paramos em um canto na festa.
        - Você aceita um chocolate quente- ele perguntou atenciosamente.
        - Claro!- não poderia negar.
        - Só um momento- ele se direcionou para buscar e não demorou nada. 
        - O que você acha de irmos para a rua? Vai dar meia-noite daqui a pouco, não quero perder os fogos por nada!
        - Vamos!- Nos direcionamos para fora e fomos conversando.
        - Então, você é cantora, não é?- Como ele pode achar isso?.
        - Eu só cantei na igreja!- me lembrei de todos os micos- Uma vez tentei um solo e quase desmaiei- como eu tinha coragem de dizer isso a ele?.
        - Mas porque?- Ele perguntou com espanto, realmente ele não me conhecia.
        - Quando eu vi toda aquela gente me olhando, eu só consegui ficar olhando para o teto- não consegui segurar o riso- Fim da carreira solo.
       - Ah, não! Pelo jeito que você  cantou hoje, eu não acredito nisso!- Ele disse seguro. Nem eu acreditava no que havia feito.
       - Foi a primeira vez que fiz uma coisa como essa,  e foi muito legal- Eu estava realmente animada.
       - Foi mesmo, foi incrivel- Respondeu igualmente animado.
       - E parece que você tem prática também!- Lembrei-me de sua divina voz.
       - Ah, claro! meu chuveiro é meu fã  de carteirinha- Ele respondeu sarcasticamente.Não consegui parar de sorrir. De supetão as pessoas começaram a contagem:
       - 10, 9...0. Os fogos começaram a aparecer, era tudo divinamente bonito. Como que por impulso olhei para Troy que correspondeu a meu olhar, permanecemos assim alguns instantes, seu olhar era como um imã.  Outro impulso e me dei conta que ele me olhava, fiquei timida e tinha que dar um jeito de fugir dali.Disse a primeira coisa que veio na mente.
        - Acho que vou procurar minha mãe.- Como assim?Para que?- Para desejar feliz ano novo!- disse rapidamente.
        - É, eu também- Olhei espantada e acho que ele percebeu- Mas, não para sua mãe! Para minha mãe e para o meu pai.- Ele mencionou meio envergonhado. Eu concordei com a cabeça. Ficou em silêncio até que ele disse.
       - Eu te ligo, eu te ligo amanhã!- disse animado, outra vez.
       - Tá!- correspondendo. Trocamos os celulares e tiramos fotos um do outro, para armazenar junto ao número. Eu sorri uma última vez para ele e sai com meu coração pela garganta.

 Não perca o próximo capítulo.

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